Meta Poética

Nada do que lhe digo é bobagem
Mesmo que na mínima existência da minha essência
Seja apenas uma computação de alienígenas manetas
E corais de caramelos chorando pelos campos

Nada, absolutamente nada é como penso
Nem os teus, muito menos meus sonhos
Serão exacerbados nas profundezas de uma dose de tequila
Nem em Manaus muito pouco arriba de nosotros.

Se tu faz de mim somente um pedaço de poesia
Deve ser porque não temos tempo para as canções
Faz de mim o que quer, floresce de loucura minha mente
E não deixa um segundo de lucidez sequer.

Etâ poesia arretada, luz castigada de ingratidão
Estirpe poética de poetas mal amados
Aliena minha frustração pelo prazer de não ser
Aquilo que tanto meu pai queria que fosse

Um trovador ou um bem sucedido vendedor de camisetas
Que batesse de porta em porta oferecendo
Poemas confeccionados em retalhos de algodão
Algo tão obvio quanto necessariamente seria

E toda essa coisa de ser eu esse poeta confuso
De não conseguir encaixar as palavras em suas entranhas
Desafiando cada vez mais cansativo as leis da física
Desentoando e vomitando rimas

Em cima das tuas palavras
Poesia, poesia e cachaça
Somente isso, não trepo mais com você
Poesia, patética meretriz da minha vida.

0 Response to "Meta Poética"

Postar um comentário

Manifeste-se!